Sutras

Encontrarão aqui alguns textos do ensinamento (Sutras) cantados durante as diversas cerimónias no dojo
ou durante os retiros. Estes textos têm diversas origens: Índia, China e Japão.

Chegaram até nós em japonês ou sino-japonês, língua na qual ainda nos dias de hoje os cantamos.
Sempre que possível, cada Sutra tem uma tradução em português.

DAIHISHIN DARANI

Sutra cantado durante a cerimónia da manhã, mas também durante os rituais funerários. 
Suplica dirigida a Kannon, bodhisattva da compaixão, destinado a proteger-nos do infortúnio.

Namu kara tan no. Tora ya ya. Namu ori ya. Boryo ki chi shifu ra ya. Fuji
sato bo ya. Moko sato bo ya. Mo ko kya runi kya ya. En. Sa hara ha e shu
tan no ton sha. Namu shiki ri toi mo. Ori ya. Boryo ki chi. Shifu ra. Rin to bo.
Na mu no ra. Kin ji ki ri. Mo ko ho do. Sha mi sa bo. O to jo shu ben. O shu
in. Sa bo sa to. No mo bo gya. Mo ha te cho. To ji to en. O bo ryo ki. Ru gya
chi. Kya ra chi. I kiri mo ko. Fuji sa to. Sa bo sa bo. Mo ra mo ra. Mo ki mo
ki. Ri to in ku ryo ku ryo. Ke mo to ryo to ryo. Ho ja ya chi. Mo ko ho ja ya
chi. To ra to ra. Chiri ni. Shifu ra ya. Sha ro sha ro. Mo mo ha mo ra. Ho chi
ri. I ki i ki. Shi no shi no. Ora san fura sha ri. Ha za ha zan. Fura sha ya. Ku
ryo ku ryo. Mo ra ku ryo ku ryo. Ki ri sha ro sha ro. Shi ri shi ri. Su ryo su
ryo. Fuji ya. Fuji ya. Fudo ya fudo ya. Mi chiri ya. Nora kin ji. Chiri shuni no.
Hoya mono. Somo ko. Shido ya. Somo ko. Moko shido ya. Somo ko. Shido yu
ki. Shifu ra ya. Somo ko. Nora kin ji. Somo ko. Mo ra no ra somo ko. Shira
su omo gya ya. Somo ko. Sobo moko shido ya. Somo ko. Shaki ra oshi do ya.
Somo ko. Hodo mogya shido ya. Somo ko. Nora kin ji ha gyara ya. Somo ko.
Mo hori shin gyara ya somo ko. Namu kara tan no tora ya ya. Namu ori ya.
Boryo ki chi. Shifu ra ya. Somo ko. Shite do modo ra. Hodo ya. So mo ko.

Entrego-me aos três Tesouros, Budha, Dharma e Sangha. Entrego-me ao santo Bodhisattva Avalokitesvara, aquele dotado da mente da grande compaixão. Entreguemo-nos ao Bodhisattva Kanjizai, que nos protege e nos salva de todos os temores. Após tomarmos refugio nele, pela força divina deste Bodhisattva de Pescoço Azul, se recitarmos este mantra, todas as nossas esperanças poderão ser realizadas. Oh venerável repleto de luz da sabedoria! É deveras difícil vencer as forças maléficas, por isso, cantemos este mantra para a completa purificação de todos os seres iludidos! É assim, vejam! Louvemos aquele de luz radiante! De sabedoria resplandecente! Àquele que transcendeu o mundo! Oh Deus Vishnu! Grande e santo Bodhisattva Kanjizai! Nas nossas mentes invoquemos e memorizemos este mantra! Decoremos este mantra! Pratiquemos este dharani! Pratiquemos! Aperfeiçoemos esta prática! Aperfeiçoemos! Preserve bem este mantra! Preserve-o bem! Oh Vitorioso! Grande Vitorioso! Proteja bem este mantra! Proteja-o bem! Oh Avalokitesvara, vós sois o guardião espiritual e o maior vencedor da grande terra! Invoquemo-lo! invoquemo-lo! Aquele que não tem manchas! Aquele que se afastou das máculas! Aquele de corpo completamente puro! Que venha aquele que nasce da Verdade! Que venha como é! Oh Guardião do mundo! Faça que seja eliminado o veneno da ganância! Faça que seja eliminado o veneno da cólera! Faça que seja eliminado o veneno da ignorância da mente! Afasta-nos disto! Afasta-nos disto! Afasta-nos da imundície! Oh Deus Vishnu! Proclamemos! Proclamemos! Apareça! Apareça! Avancemos! Vamos em frente! Iluminemo-nos! Iluminemo-nos! Promovemos a iluminação nos outros! Oh aquele de profunda compaixão, o Bodhisattva de Pescoço Azul Kanjizai! Oxalá apareça para aqueles que desejam vê-lo, e assim, eles terão uma grande alegria! Salve aqueles que pessoalmente realizaram isto! Salve estes grandiosos testemunhos! Salve os que se libertam com o Dharma do Yoga! Salve o Bodhisattva de Pescoço Azul! Salve aquele que possui face de Javali e face de Leão! Salve todos os grandes realizadores da Via! Salve aqueles que já têm nas mãos a flor de Lótus! Salve aqueles que lutam com a argola chakram! Salve aqueles que se iluminam ao ouvir o som das conchas de caracol! Salve aqueles seguram um cajado! Salve o vencedor de cor escura! Salve aqueles que vestem roupas de pele de tigre! Entrego-me aos três Tesouros, Budha, Dharma e Sangha. Entrego-me ao santo Bodhisattva Kanjizai. Oxalá possamos realizar todas as nossas aspirações! Salve todos os versos deste mantra!

FUKAZAZENGI

Escrito em 1227, é o primeiro texto sobre zazen no Japão. Escrito pelo Mestre Dogen, ele considerava este sutra universal, ao alcance de todos. Zazen não é uma técnica para se chegar ao despertar, zazen é em si a “manifestação da derradeira realidade… a prática realizada de um perfeito despertar” dizia Dogen.

O Fukanzazengi é cantado à noite nos templos durante o zazen.

Tazunuru ni sore, dō moto enzū,ikade ka shushō o karan, shūjō jizai nanzo kufū o tsuiyasan. Iwan ya, zentai haruka ni jinnai o izu, tare ka hosshiki no shudan o shin zen. Ōyoso, tōjo o hanarezu, ani shugyō no kyakutō o mochiuru mono naran ya. Shikare domo, gōri mo sa areba, tenchi haruka ni hedatari, ijun wazuka ni okoreba, funnen toshite shin o shissu. Tatoi,e ni hokori,go ni yutaka ni shite, betchi no chitsū o e, dō o e,shin o akiramete, shōten no shiiki o koshi,nittō no henryō ni shōyō su to iedomo, hotondo shusshin no katsuro o kikessu.

Iwan ya, kano gion no shōchi taru, tanza roku nen no shōseki mitsu beshi,shōrin no snin in o tsutauru, menpeki kusai no shōmyō nao kikoyu. Koshō sude ni shikari,konjin nanzo ben zezaru. Yue ni subekaraku koto o tazune go o ō no gegyō o kyū subeshi. Subekaraku ekō henshō no taiho o gaku subeshi. Shinjin jinen ni datsuraku shite,honrai no menmoku genzen sen. Inmo no ji o en to hosseba, kyū ni inmo no ji o tsutomeyo. Sore sanzen wa jōshitsu yoroshiku, on jiki setsu ari. Shoen o hōsha shi, banji o kyūsoku shite, zennaku o omowazu, zehi o kan suru koto nakare. Shin i shiki no unten o yame, nen so kan no shikiryō o yamete, sabutto hakaru koto nakare, ani za ka ni kakawaran ya. Yono tsune, zasho ni wa atsuku zamotto shiki, ue ni futon o mochiu. Arui wa kekka fuza, arui wa hanka fuza. Iwaku, Kekka fuza wa, mazu migi no ashi o motte hidari no momo no ue ni anji,hidari no ashi o migi no momo no ue ni anzu. Hanka fuza wa, tada hidari no ashi o motte migi no momo o osu nari. Yuruku etai o kakete, seisei narashimu beshi. Tsugi ni migi no te o hidari no ashi no ue ni anji, hidari no tanagokoro o migi no tanagokoro no ue ni anji, ryō no daiboshi,mukaite ai sasou. Sunawachi shōshin tanza shite, hidari ni sobadachi migi ni katamuki, mae ni kugumari shirie ni aogu koto o ezare. Mimi to kata to taishi, hana to hozo to tai seshimen koto o yōsu. Shita ue no agito ni kakete, shin shi ai tsukcj me wa subekaraku tsune ni hiraku beshi. Bisoku kasuka ni tsūji,shinsō sude ni totonoete, kanki issoku shi, sayū yōshin shite, gotsu gotsu toshite zajō shite, kono fushiryō tei o shiryō seyo. Fushiryō tei ikan ga shiryō sen. Hi shiryō. Kore sunawachi zazen no yōjutsu nari.
Iwayuru zazen wa shūzen ni wa arazu. Tada kore anraku no hōmon nari, bodai o gūjin suru no shushō nari. Kōan genjō, rarō imada itarazu. Moshi kono i o eba,ryū no mizu o uru ga gotoku, tora no yama ni yoru ni nitari. Masa ni shiru beshi, shōbō onozukara genzen shi, konsan mazu bokuraku suru koto o. Moshi za yori tataba, jojo toshite mi o ugokashi, anshō toshite tatsu beshi, sotsubō naru bekarazu. Katte miru,chōbon osshō, zadatsu ryūbō mo, kono chikara ni ichinin suru koto o. Iwan ya mata, shikan shintsui o nenzuru no tenki, hokken bō katsu o kosuru no shōkai mo, imada kore shiryō funbetsu no yoku gesuru tokoro ni arazu, ani jinzū shushō no yoku shiru tokoro to sen ya. Shōshiki no hoka no iigi tarn beshi,nan zo chiken no saki no kisoku ni arazaru mono naran ya.
Shikareba sunawachi,jōchi kagu o ronzezu, rijin donsha o erabu koto nakare. Sen itsu ni kufū seba, masa ni kore bendō nari. Shushō onozukara zenna sezu, shukō sara ni kore byōjō naru mono nari.
Oyoso sore, jikai tahō, saiten tōchi,hitoshiku butchin o ji shi,moppara shūfū o hoshii mama ni su. Tada taza o tsutomete, gotchi ni saeraru. Manbetsu sensha to iu to iedomo, shikan ni sanzen bendō subeshi. Nan zo jike no zajō o bōkyaku shite, midari ni takoku no jinkyō ni kyorai sen. Moshi ippo o ayamareba, tōmen ni shaka su.
Sude ni ninshin no kiyō o e tari, munashiku kōin o wataru koto nakare. Butsudō no yōki o honin su, tare ka midari ni sekka o tanoshiman. Shika nomi narazu, gyōshitsu wa sōro no gotoku, unmei wa denkō ni ni tari. Shukkotsu toshite sunawachi kūji, shuyu ni sunawachi shissu.
Koi negawaku wa, sore sangaku no kōru, hisashiku mozo ni naratte, shinryū o ayashimu koto nakare. Jikishi tanteki no dō ni shōjin shi, zetsu gaku mu i no hito o sonki shi, butsu butsu no bodai ni gattō shi, soso no zanmai o tekishi seyo. Hisashiku inmo nam koto o nasaba, subekaraku kore inmo naru beshi, hōzō onozukara hirakete juyō nyoi naran.

Agora, quando procuramos a fonte da Via, descobrimos que é universal e absoluta. Torna-se desnecessário distinguir entre prática e iluminação. O ensinamento supremo é livre, então por que deveríamos estudar os meios de o atingir? Sem dúvida, a Via está muito longe da ilusão. Porque então preocupar-nos com os meios de eliminá-la? A Via está completamente presente onde você estiver, então, qual é a necessidade da prática e da iluminação? Porém, se no início houver a menor diferença entre você e a Via, o resultado será uma maior separação que há entre o céu e a Terra. Se surgir o menor pensamento dualista, você perderá a sua mente‐Buda. Por exemplo, algumas pessoas orgulham-se da sua compreensão e acreditam que estão totalmente preenchidas da sabedoria de Buda. Acreditam que já alcançaram a Via, que iluminaram a sua mente e que conquistaram o poder de tocar os céus. Imaginam que estão andando no reino da iluminação. Mas a verdade é que quase perderam a Via absoluta, que está além da própria iluminação. Ainda vêem-se as marcas daquele que por seis anos sentou-se erecto e ouvem-se os ecos do Monte Shaolin, onde por nove anos sentou-se de face voltada para a parede aquele que transmitiu o selo da mente. Já que esses antigos sábios eram tão diligentes, como podem os praticantes dos dias actuais deixarem de praticar zazen? Devemos parar de correr atrás das palavras e das letras e aprender retirar-nos e reflectir sobre nós mesmos. Quando assim fazemos, vamos para além do nosso corpo e do nosso espírito e o Buda original manifesta-se. Se almejamos realizar a sabedoria do Buda, devemos começar por praticar de imediato. Para fazer zazen, é desejável um local tranquilo. Devemos ser moderados na alimentação e na bebida e abandonar todas a relações com a ilusão. Deixando tudo de lado, não pensemos nem no bem, nem no mal, nem no certo, nem no errado. Assim, tendo cessado a agitação da mente, abandonamos até mesmo a ideia de nos tornar Buda. Isso é verdadeiro não só para o zazen, mas para todas as nossas acções quotidianas, sem apego, quando nos sentamos ou deitamos. Geralmente, colocamos um zafuton quadrado no chão, onde vamos nos sentar, e sobre ele, um zafu. Podemos sentar-nos na posição de lótus ou de meio-lótus. Na primeira, colocamos o pé direito sobre a coxa esquerda e, em seguida, o pé esquerdo sobre a coxa direita. Na segunda, apenas colocamos o pé esquerdo sobre a coxa direita. As roupas devem ser confortáveis, mas bem arranjadas. Em seguida, colocamos o dorso da mão direita sobre o pé esquerdo e o dorso da mão esquerda sobre a palma direita, com a ponta dos polegares tocando-se levemente. Devemos sentar-nos perfeitamente erectos, nem inclinados à direita, nem à esquerda, nem para a frente, nem para trás. As orelhas devem estar alinhadas com os ombros, e o nariz, alinhado com o umbigo. A ponta da língua deve ser colocada no palato, e os lábios e os dentes devem estar suavemente encostados. Mantendo os olhos entreabertos, respiramos suavemente pelas narinas. Finalmente, tendo regulado o corpo e a mente, fazemos uma respiração profunda, movendo nosso corpo para a esquerda e para a direita, e então devemos ficar imóveis, sentados tão firmes quanto uma rocha. Existe o pensar, existe o não pensar e existe o além do pensar e do não pensar. Essa é a verdadeira base de zazen. Zazen não é meditação passo a passo. É o portal do Dharma da agradável tranquilidade, é a prática e a realização da iluminação, é tornar-se o koan. A verdade aparece, deixando de existir ilusões. Se compreendermos isso, estaremos completamente livres, como um dragão na água ou um tigre recostado na montanha. O Dharma correto surge naturalmente e ficamos completamente livres de todo o cansaço e confusão. Ao terminarmos o zazen, devemos mover o corpo devagar e levantar-nos com calma. Não devemos mover-nos bruscamente. Pela virtude do zazen, é possível transcender a diferença entre o comum e o sagrado e obter a capacidade de morrer sentado ou de pé. Além do mais, é impossível para nossa mente discriminatória compreender como os Budas e Ancestrais do Dharma comunicaram a essência do Zen aos seus discípulos com o levantar de um dedo, com uma vara, lançando uma agulha ou batendo com o martelo de madeira ; ou como eles transmitiram a iluminação com o levantar de um hossu, de um punho, de um bastão ou com um grito. Tampouco esse assunto pode ser compreendido por meio de poderes sobrenaturais ou de uma visão dualista da prática da iluminação. Zazen é a prática além do mundo subjectivo e objectivo, além do pensamento discriminatório. Assim, nenhuma discriminação deverá ser feita entre o inteligente e o não inteligente. Praticar a Via com todo o respeito é em si mesmo, iluminação. Não existe separação entre a prática e a iluminação, ou entre o zazen e a vida quotidiana. Os Budas e Ancestrais do Dharma, tanto neste país como na Índia e na China, todos preservaram cuidadosamente a mente‐Buda e incentivaram afincadamente a prática de zazen. Devemos, pois, dedicar-nos exclusivamente e ser completamente absorvidos pela prática de zazen. Apesar da divulgação de inúmeras maneiras de compreender o budismo, devemos praticar somente zazen. Não há motivo para abandonarmos a nosso almofada de meditação e fazermos viagens inúteis a outros países. Se o nosso primeiro passo estiver errado, inevitavelmente tropeçaremos. Já tivemos a boa fortuna de nascer com um corpo precioso, então não devemos desperdiçar o nosso tempo à toa. Agora que sabemos qual é a coisa mais importante no budismo, como podemos ficar satisfeitos com o mundo da impermanência? O Nosso corpo é como o orvalho sobre a relva, e a nossa vida, como o clarão de um raio, que desaparece num piscar de olhos.

Sinceros praticantes do zen, não se espantem com o Verdadeiro Dragão, nem gastem muito tempo inutilmente apalpando apenas uma pequena parte do elefante. Dediquem os seus esforços à Via que leva directamente à natureza do Buda. Respeitem aqueles que alcançaram o conhecimento completo, que estão sem intenção de intenção. Tornem-se um com a sabedoria dos Budas e, assim, sucessores legítimos da iluminação dos Ancestrais. Praticando dessa maneira, certamente serão capazes de compreender tudo isso. Então, a casa do tesouro naturalmente se abrirá e poderão servirem-se à vontade.

GOJUSHICHI BUTSU

Homenagem a linhagem dos Budas e dos patriarcas chineses e japoneses até ao mestre Keizan Jokin (1268-1325, considerado como o segundo grande fundador da Escola Soto Zen no Japão, depois do mestre Eihei Dogen (1200-1253). A palavra japonesa “Daioshō” é um titulo honorífico que significa grande sacerdote ou patriarca.

Bibashi Butsu Daioshō
Shiki Butsu Daioshō
Bishafu Butsu Daioshō
Kuruson Butsu Daioshō
Kunagonmuni Butsu Daioshō
Kashō Butsu Daioshō
Shakamum Butsu Daioshō
Makakashō Daioshō
Ananda Daioshō
Shōnawashu Daioshō
Ubakikuta Daioshō
Daitaka Daioshō
Mishaka Daioshō
Bashumitta Daioshō
Butsudanandai Daioshō
Fudamitta Daioshō
Barishiba Daioshō
Funayasha Daioshō
Anabotei Daioshō
Kadimora Daioshō
Nagyaharajuna Daioshō
Kanadaiba Daioshō
Ragorata Daioshō
Sōgyanandai Daioshō
Kayashata Daioshō
Kumorata Daioshō
Shayata Daioshō
Bashubanzu Daioshō
Manura Daioshō
Kakurokuna Daioshō
Shishibodai Daioshō
Bashashita Daioshō
Funyomitta Daioshō
Hannyatara Daioshō
Bodaidaruma Daioshō
Taiso Eka Daioshō
Kanchi Sōsan Daioshō
Daii Dōshin Daioshō
Daiman Kōnin Daioshō
Daikan Enō Daioshō
Seigen Gyōshi Daioshō
Sekitō Kisen Daioshō
Yakusan Igen Daioshō
Ungan Donjō Daioshō
Tōzan Ryōkai Daioshō
Ungo Dōyō Daioshō
Dōan Dōhi Daioshō
Dōan Kanshi Daioshō
Ryōzan Enkan Daioshō
Taiyō Kyōgen Daioshō
Tōshi Gisei Daioshō
Fuyō Dōkai Daioshō
Tanka Shijun Daioshō
Chōro Seiryō Daioshō
Tendo Sōkaku Daioshō
Setchō Chikan Daioshō
Tendo Nyojō Daioshō
Eihei Dōgen Daioshō
Koun Ejō Daioshō
Tettsū Gikai Daioshō
Keizan Jōkin Daioshō

 

GYOHATSU NENJU

GYOHATSU NENJU

Na prática do zen, as refeições são uma cerimónia dedicada a todos os seres que sofrem. Através deste sutra que pontua os diferentes momentos da refeição, exprimimos a nossa gratidão para todas as existências que participarem na dádiva desse alimento. Resguardando-nos de toda a avidez, tomamos consciência que esta refeição é destinada a fortificar a nossa prática e assim produzir o espírito do despertar. Por fim, dedicamos este alimento como oferenda para o bem de todos os seres.

Bus shô kapira
Jo do makada
Sep pô harana
Nyu metsu kuchira
Nyorai o ryôki
Gakon toku futen
Gangu is-sai shû
To san rin ku ja ku.

Shin jin pashin birû sha no fu
En mon ho shin rushâ no fu
Sen pai kashin shikyâ mu ni fu
To rai asan mirû son bu
Ji ho san shi ishî shi fu
Dai jin myo harin ga kin
Dai shin bun jusu ri bu sa
Dai jin fuen bu sa
Dai hi kan shiin bu sa
Shi son bûbu sa mo ko sa
Mo ko hôja ho ro mi.

Hitotsu ni wa kô no tashô o hakari kano raisho o hakaru.
Futatsu ni wa, onore ga tokugyô no zen ketto wo hakatte kuni ôzu.
Mitsu ni wa shin o fusegi toga o hanaruru ko towa tontô o shû to su.
Yotsu ni wa, masani ryôyaku o koto to suru wa gyôko o ryôzen ga tame nari.
Itsutsu ni wa jôdô no tame no yue niima kono jiki o uku.

Jiten kijinshu,
Gokin suji kyu
Suji hen jihô
Ishi ki jin kyu.

Jo bun san bo,
Chu bun shion.
Gekyû roku do,
Kai do kuyô.

Ik-ku idan is-sai aku
Niku ishu is-sai zen
Sanku ido shoshu jo
Kaigu jo butsu do.

Gashi sen pas-sui,
Nyo ten kan ro mi,
Seyo kijin shû
Shitsu ryo tokubo man
On makura sai sowaka.

Shi shi kai jiki kun,
Jiren kafu jashî,
Shi shin jin cho ihi,
Kishu rinbu jo son.

Buda nasceu em Kapilavastu, despertou em Magadha.
Ensinou em Varanasi e entrou no nirvana em Kuchinagara.
Agora abrimos as tigelas do Tathagata para que aquele que dá,
aquele que recebe e o que é dado possam ser libertados de todos os apegos e chegar a libertação com todos os seres sensíveis

Veneração a pureza ilimitada do buda Vairocana,
à forma realizada do Buda Amitabha e a forma manifestada do buda Shakyamuni.
Veneração a Maitreya, o Buda do futuro.
Veneração a todos os budas do passado, presente e do futuro nas dez direcções.
Ao Sutra do Lotus da Lei do Grande Veículo.
Veneração a Manjushri, grande bodhisattva da sabedoria.
Ao grande e perfeito bodhisattva Samantabhadra.
Ao bodhisattva da grande compaixão, Avalokiteshvara.
Aos inúmeros bodhisattvas, a todos os patriarcas e a Grande Sabedoria que permite ir para além.

Primeiramente: devemos reflectir na forma como este alimento chegou até nós.
A nossa gratidão vai para tudo o que contribui para isso.
Segundo: recebendo esta dádiva, devemos verificar se as nossas virtudes e a nossa prática realmente o merecem.
Terceiro: devemos regressar à condição normal do espírito, estar livre de todo o desejo e avidez.
Quarto: devemos comer esse alimento para a saúde do nosso corpo.
Quinto: tomamos este alimento para nos aperfeiçoarmos na via do Buda.
Para todos os espíritos famintos, ofereço este alimento, que penetra o Universo inteiro. Espero partilhá-lo convosco.
Aos três tesouros, Buda, Dharma, Sangha, a todos aqueles que nos ajudaram, aos nossos pais, aos nossos mestres, a humanidade inteira, a todos os seres que são prisioneiros dos seis mundos da errância e que não podem libertarem-se a si próprios, que este alimento possa servir a todas as existências do Universo.

Em primeiro, comemos para cortar todo o mal.
Em segundo para fazer o bem.
Em terceiro, para salvar todos os seres sensíveis.
Actualizamos em conjunto a via do Buda.

Com esta água, lavo a minha tigela, ela tem o sabor do néctar celeste, faço dela oferenda a todos os mortos e a todos aqueles que sofrem nos seus infernos, que ela os sacie como o orvalho da manhã.
Neste mundo de ilusão vazio e impermanente, possamos existir na água lamacenta como a pureza da flor de lótus.

Nada ultrapassa o espírito ilimitado.
Inclinemo-nos também diante de Buda.

HOKYOZANMAI

Escrito durante o século IX pelo mestre Tozan Ryokai (807-869), sucessor de Ungan Donjo, mestre de Sozan e Ungo Doyo. O seu ensinamento: olhar em si mesmo, não procurar nos outros, manter um espírito livre de qualquer formulação. Hokyo zanmai lida com a pura consciência durante zazen: zanmai, samadhi. O precioso espelho, incluindo a forma e a não-forma, reflete todos os fenômenos do cosmos que aparecem e desaparecem livremente, indescritíveis. O samadhi do espelho precioso é o despertar da mente para a natureza de Buda de todas as existências.

Este canto é recitado pelos monges durante a manhã nos templos, alternando com o Sandokai.


Nyo ze no hō, busso mitsu ni fusu. Nanji ima kore o etari ; yoroshiku yoku hōgo subeshi. Ginwan ni yuki o mori, meigetsu ni ro o kakusu. Rui shite hitoshikarazu ; konzuru tokinba tokoro o shiru. Kokoro kotoni arazareba, raiki mata omomuku. Dōzureba kakyū o nashi, tagaeba kocho ni otsu. Haisoku tomoni hi nari ; taikaju no gotoshi.Tada monsai ni arawaseba, sunawachi zenna ni zokusu. Yahan shōmei, tengyō furo. Mono no tame ni nori to naru ; mochiite shoku o nuku. Ui ni arazu to iedomo, kore go naki ni arazu. Hōkyō ni nozonde, gyōyō ai miru ga gotoshi. Nanji kore kare ni arazu, kare masani kore nanji. Yo no yōni no gosō gangu suru ga gotoshi. Fuko furai fuki fujū ; baba wa wa ; uku muku. Tsuini mono wo ezu, go imada tadashi karazaru ga yue ni. Jū ri rikkō, henshō ego, tatande san to nari; henji tsukite go to naru. Chisō no ajiwai no gotoku, kongō no cho no gotoshi. Shōchū myōkyō, kōshō narabi agu. Shū ni tsūji to ni tsūzu, kyōtai kyōro. Shakunen naru tokinba kitsu nari; bongo subekarazu. Tenshin ni shite myō nari, meigo ni zoku sezu. Innen jisetsu, jakunen to shite shōcho su. Sai ni wa muken ni iri,dai ni wa hōjo o zessu. Gōkotsu no tagai, ritsuryo ni ōzezu. Ima tonzen ari, shūshu o rissuru ni yotte. Shūshu wakaru, sunawachi kore kiku nari. Shū tsūji shu kiwamaru mo, shinjō ruchū. Hoka jaku ni uchiugoku wa, tsunageru koma, fukuseru nezumi. Senshō kore o kanashinde, hō no dando to naru. Sono tendō ni shitagatte, shi o motte so to nasu. Tendō sō messureba, kōshin mizukara yurusu. Kotetsu ni kanawan to yōseba, kō zenko o kanzeyo. Butsudō o jōzuru ni nannan to shite, jikkōju o kanzu. Tora no kaketaru ga gotoku, uma no yome no gotoshi. Geretsu aru o motte, hōki chingyo. Kyōi aru o motte, rinu byakko. Gei wa gyōriki o motte, ite hyappo ni atsu. Senpō ai ō, gyōriki nanzo azukaran. Bokujin masa ni utai, sekijo tatte mō. Jōshiki no itaru ni azaru, mushiro shiryo wo iren ya. Shin wa kimi ni bushi, ko wa chichi ni junzu. Junzezareba kō ni arazu, busezareba ho ni arazu. Senkō mitsuyō wa, gu no gotoku ro no gotoshi. Tada yoku sōzoku suru o, shuchū no shu to nazuku.

JI HO SAN SHI

Este sutra é um momento de gratidão e veneração para todos os budas e patriarcas.
Tradicionalmente, é recitado depois da dedicatória (Eko) que segue cada sutra.

Ji ho san shi i shi fu
Shi son bu sa mo ko sa
Mo ko ho jya ho ro mi

A todos os budas passados, presentes e futuros nas dez direcções,
A todos os bodhisattvas e patriarcas.
O sutra da Grande Sabedoria que permite ir para além.

HOKYOZANMAI

Escrito durante o século IX pelo mestre Tozan Ryokai (807-869), sucessor de Ungan Donjo, mestre de Sozan e Ungo Doyo. O seu ensinamento: olhar em si mesmo, não procurar nos outros, manter um espírito livre de qualquer formulação. Hokyo zanmai lida com a pura consciência durante zazen: zanmai, samadhi. O precioso espelho, incluindo a forma e a não-forma, reflete todos os fenômenos do cosmos que aparecem e desaparecem livremente, indescritíveis. O samadhi do espelho precioso é o despertar da mente para a natureza de Buda de todas as existências.

Este canto é recitado pelos monges durante a manhã nos templos, alternando com o Sandokai.

Nyo ze no hō, busso mitsu ni fusu. Nanji ima kore o etari ; yoroshiku yoku hōgo subeshi. Ginwan ni yuki o mori, meigetsu ni ro o kakusu. Rui shite hitoshikarazu ; konzuru tokinba tokoro o shiru. Kokoro kotoni arazareba, raiki mata omomuku. Dōzureba kakyū o nashi, tagaeba kocho ni otsu. Haisoku tomoni hi nari ; taikaju no gotoshi.Tada monsai ni arawaseba, sunawachi zenna ni zokusu. Yahan shōmei, tengyō furo. Mono no tame ni nori to naru ; mochiite shoku o nuku. Ui ni arazu to iedomo, kore go naki ni arazu. Hōkyō ni nozonde, gyōyō ai miru ga gotoshi. Nanji kore kare ni arazu, kare masani kore nanji. Yo no yōni no gosō gangu suru ga gotoshi. Fuko furai fuki fujū ; baba wa wa ; uku muku. Tsuini mono wo ezu, go imada tadashi karazaru ga yue ni. Jū ri rikkō, henshō ego, tatande san to nari; henji tsukite go to naru. Chisō no ajiwai no gotoku, kongō no cho no gotoshi. Shōchū myōkyō, kōshō narabi agu. Shū ni tsūji to ni tsūzu, kyōtai kyōro. Shakunen naru tokinba kitsu nari; bongo subekarazu. Tenshin ni shite myō nari, meigo ni zoku sezu. Innen jisetsu, jakunen to shite shōcho su. Sai ni wa muken ni iri,dai ni wa hōjo o zessu. Gōkotsu no tagai, ritsuryo ni ōzezu. Ima tonzen ari, shūshu o rissuru ni yotte. Shūshu wakaru, sunawachi kore kiku nari. Shū tsūji shu kiwamaru mo, shinjō ruchū. Hoka jaku ni uchiugoku wa, tsunageru koma, fukuseru nezumi. Senshō kore o kanashinde, hō no dando to naru. Sono tendō ni shitagatte, shi o motte so to nasu. Tendō sō messureba, kōshin mizukara yurusu. Kotetsu ni kanawan to yōseba, kō zenko o kanzeyo. Butsudō o jōzuru ni nannan to shite, jikkōju o kanzu. Tora no kaketaru ga gotoku, uma no yome no gotoshi. Geretsu aru o motte, hōki chingyo. Kyōi aru o motte, rinu byakko. Gei wa gyōriki o motte, ite hyappo ni atsu. Senpō ai ō, gyōriki nanzo azukaran. Bokujin masa ni utai, sekijo tatte mō. Jōshiki no itaru ni azaru, mushiro shiryo wo iren ya. Shin wa kimi ni bushi, ko wa chichi ni junzu. Junzezareba kō ni arazu, busezareba ho ni arazu. Senkō mitsuyō wa, gu no gotoku ro no gotoshi. Tada yoku sōzoku suru o, shuchū no shu to nazuku.

O Darma é assim como é,
Os Budas Ancestrais cuidadosamente transmitem.
Agora encontrou-o
Preserve-o bem. Uma bandeja de prata acumula a neve branca.
Na luz do luar o petrel branco e a garça desaparece.

Parecem-se, mas não são iguais.
Juntando-as, sabemos o que são. A mente não expressa-se por palavras. Mas elas ajudem àqueles que procuram. Se excitado, você entra em uma armadilha. Se se opuser, espere pela queda. Afastar-se ou tocar:

Ambos errados.
É como fogo maciço.
Se o retratar com palavras elegantes,
Estará maculando-o.
No meio da noite, a correta luz.
No céu do amanhecer não aparece.
É a regra geral.
Usando-a, remove-se todo o sofrimento.
Mesmo sendo do mundo dos fenómenos
Esta narrativa não o é.
Mesmo sem ser da intenção
Este não palavras, não o é.
É como olhar no espelho precioso
Onde forma e reflexo se encontram.
Você não é ele,
Mas ele é tudo igual a si.
É como um bebê no mundo
Cheio dos seus cinco sentidos.
Sem ir nem vir.
Sem se levantar e sem parar.
Gugu! Dadá!
Um falar sem falar!
E nada compreendemos.
O seu falar ainda não está correcto.
Como as linhas do hexagrama:
Relativo e absoluto integram-se,
Sobrepostas tornam-se três.
A completa transformação faz delas cinco.
Como o paladar da erva chissô,
Como as faces do diamante.
Dentro do absoluto
Todos os relativos integram-se.
Perguntas e respostas
Caminham juntas.
Comunicar com a essência
É comunicar com o caminhar.
Inclui integração
E inclui o Caminho.
Em comunhão auspiciosa!
Não destrua isto!
A maravilhosa verdade do céu
Está além da questão da ilusão ou da Iluminação.
Quando causa e efeito chegam ao fim,
A sua luz brilha naturalmente.
Nas coisas pequenas, ela é a menor de todas.
Nas coisas grandes, ela é ilimitada.
Basta um finíssimo fio de seda de diferença
Para que a harmonia seja quebrada.
Agora a escola em súbita e em gradual bipartem-se.
Estabelece as bases seguindo estas regras.
Mas a prática diligente penetra o ensinamento
E a verdade continua a fluir incessantemente.
Por fora, tranquilos; por dentro, agitados.
Como um cavalo no cabresto ou o rato imóvel.
Os antigos sábios comoveram-se,
Oferecendo o Dharma que leva à outra margem.
Seguindo pontos de vista errados,
Ao preto chamam de branco.
Findo os falsos pensamentos,
A mente aberta aceita-se a si mesma.
Se desejar caminhar nas pegadas dos antigos,
Rogo que observe os exemplos antigos.
Aproxime-se para realizar a Via do Buda.
Como por dez kalpas,
Observando uma árvore,
Como um tigre ferido
Ou como um cavalo manco.
Porque existem coisas inferiores,
Existem tesouros raros em pedestais,
Porque há coisas maravilhosas e estranhas,
Há gatos selvagens e vacas brancas.
O mestre arqueiro
Com o poder da sua técnica,
Pode atingir
Um alvo a uma centena de passos.
Mas quando duas flechas encontram-se no ar
Ponta com ponta,
Será somente a técnica
A responsável?
Ao mesmo tempo, o boneco de madeira canta,
A mulher de pedra levanta-se e dança.
Apenas a mente comum
Admite este pensamento?
O servo atende o seu senhor,
A criança obedece ao pai.
Se não houver obediência,
Não haverá respeito filial.
Se não houver serviço,
Não haverá atendimento.
Em segredo e misteriosamente,
Agindo como um tolo,
Actuando como um bobo,
Apenas o capaz de herdá-lo,
É chamado de mestre entre os mestres.

MAKA HANNYA HARAMITA SHINGYOur title

É um dos sutras mais importantes do budismo Mahayana. Também é conhecido pelo Sutra do Coração.
Este sutra é o coração, a essência do ensinamento do Buda, resumido em 262 ideogramas chineses.
É cantado todos os dias depois do zazen nos templos e nos dojos.
O sentido desse sutra: quando o bodhisattva percebe que as formas e os fenómenos não são diferentes da vacuidade, ele realiza a grande sabedoria e através desse despertar, ele ajuda todas as existências a libertarem-se do sofrimento.  

Kan ji zai bo satsu. Gyo jin han-nya ha ra mi ta ji. Sho ken go on kai ku. Do is-sai ku yaku. Sha ri shi. Shiki fu i ku. Ku fu i shiki. Shiki soku ze ku. Ku soku ze shiki. Ju so gyo shiki. Yaku bu nyo ze. Shari shi. Ze sho ho ku so. Fu sho fu metsu. Fu ku fu jo. Fu zo fu gen. Ze ko ku chu. Mu shiki mu ju so gyo shiki. Mu gen ni bi ze-shin ni. Mu shiki sho ko mi soku ho. Mu gen kai nai shi mu i shiki kai. Mu mu myo yaku mu mu myo jin. Nai shi mu ro shi. Yaku mu ro shi jin. Mu ku shu metsu do. Mu chi yaku mu toku. I mu sho toku ko. Bodai sat-ta. E han nya ha ra mi ta ko. Shin mu kei ge mu ke ge ko. Mu u ku fu. On ri is-sai ten do mu so.Ku gyo ne han. San ze sho butsu. E han-nya ha ra mi ta ko. Toku a noku ta ra san myaku san bo dai. Ko chi han-nya ha ra mi ta. Ze dai jin shu. Ze dai myo shu. Ze mu jo shu. Ze mu to do shu. No jo is-sai ku. Shin jitsu fu ko. Ko setsu han-nya hara mi ta shu. Soku setsu shu watsu.
Gya tei gya tei hara gya tei.
Hara so gya tei bo ji so wa ka.
Han-nya shin gyo.

O bodhisattva da Grande Compaixão Avalokiteshvara, pela sua profunda prática da Grande Sabedoria, que vê que os cinco agregados são apenas vacuidade (ku) e através desta compreensão, ele alivia todos os sofrimentos. Shariputra, as formas (shiki) não são diferentes do vazio (ku) e o vazio não é diferente das formas. O próprio shiki é ku e o próprio ku é shiki. Também é assim para a sensação, a percepção, os pensamentos e a consciência. Shariputra, todas as existências têm o aspecto de ku. Elas são sem nascimento, sem extinção, nem puras, nem manchadas, não aumentam nem diminuam. Portanto, em ku, não há nem forma, nem sensação, nem percepção, nem construções mentais, nem consciência; nem olho, nem orelha, nem nariz, nem língua, nem corpo, nem consciência. Não há nem cor, nem som, nem cheiro, nem sabor, nem tacto, nem pensamento.
Portanto, em ku não existe o domínio dos sentidos. Não há nem ignorância, nem fim de ignorância, nem ilusão, nem fim de ilusão. Não há degeneração e morte, nem fim de degeneração e morte. Não há nem sofrimento, nem causa, nem fim, nem caminho. Não há sabedoria, nem obtenção, nem não-obtenção. Para o bodhisatava, graças a Grande Sabedoria que conduz para além, o espírito sem obstáculo, não conhece o medo e todas as ilusões, todos os apegos são afastados. Ele pode chegar ao fim último, o nirvana. Todos os budas do passado, presente e futuro praticam a Grande Sabedoria e assim chegam ao mais perfeito despertar. Portanto, devemos compreender que Hannya haramita é o grande mantra brilhante e luminoso. O mais elevado de todos os mantras que é incomparável. A sua força corta todos os sofrimentos.  

É o verdadeiro mantra. Por ele, é possível chegar a essência de toda a verdade: Ide, ide, ide em conjunto para além do além, até ao cumprimento total da Via.

SANDOKAI

Escrito no século VIII por Sekito Kisen (700-790), discípulo do sexto patriarca Eno, é um dos textos mais importantes da nossa tradição, essência do ensinamento do Buda, cantado durante as cerimónias da manhã.
San: múltiplo, diferença, a forma. Do: unidade, identidade, ki (vacuidade). Kai: encontro. Várias traduções possíveis: Identidade do múltiplo e do Uno; Encontro com a identidade e a diferença; Unidade da realidade e da vacuidade, etc.

O Sandokai trata da realização da unidade fundamental no seio das contradições e das dualidades criadas pelo nosso cérebro.

Chikudo daisen no shin tōzai mitsu ni aifu su. Ninkon ni ridon ar, dō ni nanboku no so nashi. Reigen myō ni kô kettari, shiha an ni ruchū su. Ji o shū suru mo moto kore mayoi ; ri ni kanō mo mata satori ni arazu. Mon mon issai no kyō ego to fu ego to. Eshite sarani ai wataru ; shikarazareba kurai ni yotte jū su. Shiki moto shitsu zō o kotoni shi ; shō moto rakku o koto ni su. An wa jōchū no koto ni kanai ; mei wa seidaku no ku o wakatsu. Shidai no shō onozukara fukusu, kono sono haha o uru ga gotoshi. Hi wa nesshi, kaze wa dōyō, mizu wa uruoi, chi wa kengo. Manako wa iro, mimi wa onjō hana wa ka, shita wa kanso. Shikamo ichi ichi no hō ni oite ne ni yotte habunpu su. Honmatsu subekaraku shū ni kisubeshi ; sonpi sono go o mochiyu. Meichū ni atatte an ari, ansō o motte ō koto nakare. Anchū ni atatte mei ari, meisō o motte miru koto nakare. Meian ono ono aitai shite hisuru ni zengo no ayumi no gotoshi. Banmotsu onozukara kō ari, masani yō to sho to o iu beshi. Jison sureba kangai gasshi ; riōzureba senpō sasō. Koto o ukete wa subekaraku shū o e subeshi ; mizukara kiku o rissuru koto nakare. Sokumoku dō o e sezunba, ashi o hakobu mo izukunzo michi o shiran. Ayumi o susumureba gonnon ni arazu, mayōte senga no ko o hedatsu. Tsutsushinde san gen no hito ni mōsu, kōin munashiku wataru koto nakare.

A mente do Grande Sábio da Índia
Estava intimamente ligada de Leste a Oeste.
Entre seres humanos há sábios e tolos,
Mas no Caminho não há Fundador do Sul ou do Norte.
A fonte subtil é clara e brilhante.
As correntes tributárias fluem através da escuridão.
Apegar-se às coisas é ilusão,
Encontrar o absoluto ainda não é iluminação.
Um e todos, as esferas subjectiva e objectivas estão relacionadas
E ao mesmo tempo independentes.

Relacionadas e ainda assim funcionam diferentemente.
Embora cada um mantenha o seu lugar.
Forma faz com que o carácter e a aparência diferam.
Os sons distinguem conforto e desconforto.
O escuro faz de todas as palavras, uma;
A claridade distingue frases boas e más.
Os quatro elementos voltam à sua natureza,
Assim como uma criança para a sua mãe.
Fogo é quente, vento é movimento,
Água é húmida e terra é dura.
Olhos vêem, ouvidos escutam, narinas cheiram,
língua sente o salgado e o azedo.
Cada um independente do outro.
Causa e efeito devem retornar à grande realidade,
As palavras alto e baixo são usadas relativamente.
Dentro da luz há escuridão,
mas não tente compreender essa escuridão;
Dentro da escuridão há luz,
mas não procure por essa luz.
Luz e escuridão são um par,
Como o pé da frente e o pé detrás ao caminhar.
Cada coisa tem seu valor intrínseco
E está relacionada a tudo o mais em função e posição.
A vida comum encaixa-se no absoluto como uma caixa e a sua tampa.
O absoluto trabalha com o relativo,
Como duas flechas que se encontram no ar.
Lendo estas palavras, apreenda a grande realidade.
Não julgue por nenhum valor.
Se não vir o Caminho,
não o verá caminhando nele.
Quando caminha,
não é perto nem longe.
Se estiver iludido, estará há rios e montanhas de distância.

Respeitavelmente digo àqueles que querem ser iluminados:
Noite e dia, não percam tempo.

SHIGU SEIGAN MON

Este sutra representa o ideal do praticante budista: libertar todos os seres praticando os ensinamentos do Buda, iluminando as suas próprias ilusões e realizando a sua própria Natureza de Buda.

Shu jo muhen sei gan do
Bon-no mujin sei gan dan
Ho mon muryo sei gan gaku
Butsu do mujo sei gan jo


Tão numerosos sejam os seres sensíveis, faço o voto de os libertar a todos.
Tão numerosas sejam as ilusões, faço o voto de as derrubar todas.
Tão numerosas sejam as portas do Dharma, faço o voto de as atravessar todas.
Tão perfeita seja a via do Buda, faço o voto de a realizar.

SHOSAI MYOKICHIJO DARANI

A recitação deste dharani (discurso ritualístico de protecção) serve para afastar os desastres e calamidades. Nos templos, é recitado durante a manhã na sala do Buda ou na cozinha em frente a estátua protectora de Idaten, ser que protege contra os desastres e os incêndios.

No mo san man da
moto nan
oha ra chi koto sha
sono nan to ji to en
gya gyagya ki gya ki
un nun
shifu ra shifu ra
hara shifu ra hara shifu ra
chishu sa chishu sa
chishu ri chishu ri
sowa ja sowa ja
sen chi gya
shiri ei so mo ko.

Veneração a todos os Budas
O poder incomparável que bane o sofrimento
Om
O buda da realidade, sabedoria, Nirvana
Luz, Luz, Grande luz, Grande luz
Sem categorias, esse misterioso poder salva todos os seres

O sofrimento vai, a felicidade vem, saudações.

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